Favor conferir as matérias que John foi entrevistado:
Jornal O Globo
aqui abaixo por Lucianne Carneiro
John Nicholson, artista plástico: ‘Os editais colocam a arte numa gaiola’
Jornal O Globo
é só clicar !
site do Artista Plástico:
Exposição das 4 Estações Na Galeria Patricia Costa no Shopping Cassino Atlântico.
Finalmente, este ano eu consegui ver exposições de quadros e pinturas!
E eu estou na iminência de ver outras inclusive a do pintor John Nicholson,
ou seja, pintura!
Vejam bem: eu gosto de arte conceitual mas creio eu que tudo que é demais enjoa...
não pode ser só arte conceitual e a pintura cair no marasmo, no ostracismo, num buraco negro...
não é possível que haja coisas amassadas que valham mais que um Egon Schiele por exemplo...
tudo bem!A modernidade é isto aí, nos traz questionamentos e rupturas,
e também nos traz instalações e o 3D,mas a pintura deve ser permanente
e cultuada antes que simplesmente seja vista como "a arte do passado"...
eu me recuso a perceber a arte como "moda".
Há que se emocionar tanto com a arte conceitual (difícil a mim transmitir emoções),
assim como o árduo trabalho de um pintor complexo como John .
Nos últimos anos, o que parece é que eu vivo em um eterno "Espaço Inhotim".
Tudo virou uma fiel cópia de jogos de computadores com labirintos
e instalações imitando um Pac Man,
um lego, mas eu não quero de forma alguma menosprezar o trabalho de nenhum artista.
De forma alguma.
Eu admiro muitos artistas conceituais e os seus trabalhos evolutivos
e sabendo separar o joio do trigo, vemos e temos muitas coisas boas.
Eu apenas acho que simplesmente o mercado das artes tem espaço e
público para ambos e é até meio linear e eu me atreveria dizer estúpido
"aceitar" apenas um modelo como "a arte atual".
Eu não vou citar nomes de artistas, professores
ou falar das Bienais que cada vez mais descambam para o bizarro...
é que o trabalho de um artista como John Nicholson,
cheio de detalhes, rebuscado, com luz, me encanta
e até me enche de esperanças.
Ainda é possível crer na estética das artes e na humanidade...
é isto que eu consigo sentir.
Os artistas ou pintores ( como queiram designar) Julia Debasse, Paulo Vieira,
Suzana Queiroga,Arjan Martins (que está no MAM) com uma bela exposição,
me emocionam.Estes acima conseguem me passar algo que não consigo descrever,
aliás sentimentos às vezes são indescritíveis.
São artistas diferentes mas que me sensibilizam.
Eu sou leiga em arte, mas no ponto de vista de uma espectadora e
de um ser humano que venera as artes,
esta serve para aproximar as pessoas e para sensibilizar.
É como se você estivesse em um conto.
Artistas para mim precisam ser mais do que pessoas que pintam telas.
Eles necessitam ser "contadores de histórias resumidos".
Daí me entristece ver a pintura sendo por algum motivo colocada em segundo plano no métier das artes. Aqui, não me cabe dizer o por quê,mas as as pinturas simplesmente se perderam
e poucas galerias trabalham com o que eu designo com petulância de reais artistas plásticos.
Fenômeno inexplicável um papel amassado ser considerado arte
e as telas, tintas acrílicas, aquarelas, ângulos, ilusões de ótica,
o reflexo, a sensibilidade,as cores, os traços,
a história ficarem recolhidas à um nicho inferior nestes tempos.
Aonde fica o espaço do conjunto de algo que julgo uterino e
descamba no final do século 20 e no começo do século 21,
apenas por quê certos curadores e galeristas assim decidiram.
A bola da vez seria o conceitual e acabou.
O talento não conta?
Sinceramente,mais uma vez repito:
aqui não me cabe julgar o que aconteceu
ou como se chega a um edital, a uma curadoria sem mesmo ter conhecimento para...
o que me cabe neste post é apenas recomendar a exposição de John Nicholson .
Exposição esta que passeia por muitos países e estações.
Um "warrior" que mostra relutância, teimosia
e toda a técnica a sua técnica.
Um professor,um Mestre que ama o seu ofício e
reflete em seus quadros este sentimento.
Do Posto 9 em Ipanema à Sevilha .
Passa pelo primeiro quadro que postei
e o que mais me chamou a atenção.
Não é para menos,ali, ele me explica,
Hopper morou com sua solitude e
o seu conjunto de talentos.
Hopper é um dos meus artistas plásticos favoritos.
O quadro me chamou tanto a atenção que eu sonhei com ele...
permaneceu em meu imaginário.
Ali naquele cenário,eu dormia na grama .
Aquela pintura me transmitiu tranquilidade.
Não vi a exposição ainda,
contudo eu tive o privilégio de ver de perto alguns quadros no ateliê do artista.
Eu posso lhes afirmar apenas uma coisa:
John Nicholson (site) se reinventa
e ser artista plástico de forma alguma é estagnar
em uma fórmula. Não há fórmulas e nem limites para a arte.
Ser artista plástico é estar sempre no caminho da mutação.
É caminhar do abstrato ao híper realismo.
É pintar e pintar com técnicas reluzentes aos olhos de nós mortais
seja com carvão, caneta, aquarela, tinta acrílica ou óleo.
Eu tenho a sorte de poder sentar quando John Nicholson elabora ou
pinta um quadro e transforma um risco vermelho em um forma feminina cor
da pele em um piscar de meus simples e babuínos olhos...
não consigo entender como ele consegue fazer isto
e o melhor é que faz sorrindo!
John Nicholson não é um artista plástico!
Ele é mágico!
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Silvana Farinatti
John Nicholson
"Early Winter Sunset on the Salt Grass of Truro with a hint of Snow on the Air"
Oil on Canvas50cm X 75cm
2014
John Nicholson
"Lake Como on a Clear Morning in the Depths of Winter"
Óleo sobre Tela110cm X 110cm
John Nicholson
"A Small Group of Adolescent Girls in a Park in Stockholm in the late Spring"
Óleo sobre tela110cm X 110cm
2014