 |
pic me by me S.F. |
Duas versões :
Alquimista Emocional
Under Construction...
O tempo foi passando,
foi passando e com ele aquele sentimento inventado.
Eu precisava talvez, o meu ego necessitasse acreditar
em alguma coisa ainda que pudesse na época me salvar.
Algo que recuperasse a esperança que eu havia perdido
na humanidade.
Foi assim:um sentimento criado.
E eu a alquimista que conseguia transformar
chumbo em ouro.
Uma alquimista emocional.
Bruxa conectada com duas pessoas
totalmente diferentes mas que se completam nesta vida
como se fossem um casal.
São um casal,melhor dizendo,
foram em outra vida.
Acabei por transformar dois egoístas
em pessoas interessantes.
Apurei a personalidade de cada um e
os presenteei com textos,desejos,amores,
amares,volúpias em linhas personalizadas.
Alguém que escreve de forma mediúnica, que age pelo extinto.
Cavalo de algo muito mais profundo e
inexplicável.
Vomitei textos.
A ação é esta: vômitos.
O tempo passou
e da cara de um nem lembro.
Lembro vagamente dos jogos irritantes.
Aprendi a nunca mais me envolver seriamente com ninguém.
Aprendi a jogar, a interpretar
e a ser exatamente como ele.
Atriz moldada pela dor de ter acreditado numa imbecilidade atroz.
Jamais os verei novamente.
Um totalmente egocêntrico, o outro problemático.
Eu apenas como mulher,
me preocupei por sentir o problemático tão frágil.
Ali naquele espírito há a necessidade de mil abraços.
Abraços calados, mas algo muito mais linkado
à afetividade.
Muito mais Philos do que Eros.
Estava óbvio e claro que era necessário que a amizade entre eles voltasse a ser o que era:nó de marinheiro.
Precisavam de um tempo para sentirem saudade um do outro e colocarem os pingos nos is.
Um era Mestre em manipular mentes e com a paciência necessária.
Brincalhão, bobo da corte que sabe trazer alegria ao guri sofredor.
Os dois juntos:Yin Yang.
Juntos em eterno business.
Aonde impera dinheiro e trabalho não pode haver brigas.
A amizade floresceu na primavera como tinha que ser.
Fico feliz por um lado,
mas me decepciono com a fraqueza humana,
bem como fico feliz com a minha franqueza.
Eles estão tão distantes agora.
O tempo passa tão rápido e
tudo me parece ser tão ridículo
e superficial diante das dificuldades que enfrento na vida...
eles foram algo que já não existe mais,
não em meu mundo carente de tudo.
Apenas sou um ser que vaga e
reporta se apaixonando todos os dias por qualquer um.
A sorte é que a válvula de escape é exatamente a superficialidade destas pseudo paixões.
Necessário perceber que jamais seria possível se apaixonar nem por A e nem por B.
Não se encaixam no meu "modus vivendi".
São burgueses.Vieram de outra esfera social.
Pertencem à uma elite cercada por mimos na qual não me encaixo.
Sou apenas uma alma .
Nada mais.
Eu ali fui um rascunho de algo escrito num papel
de guardanapo em um boteco e depois amassado
e posto no lixo.
Eu fui o esboço de um desejo genial perdido no esgoto.
Nada mais.
Foi
S.F.
under construction...
O tempo foi passando,
foi passando e com ele aquele sentimento inventado.
Eu precisava talvez, o meu ego necessitasse acreditar
em alguma coisa ainda que pudesse na época me salvar.
Algo que recuperasse a esperança que eu havia perdido
na humanidade.
Sofri, senti muita dor e depois mais ainda adoecendo.
Pedi ajuda, pedi palavras positivas e obtive o eterno calar.
Só,sempre só e foi assim:
um sentimento inventado.
E eu a alquimista que consegue transformar
chumbo em ouro.
Uma alquimista emocional.
Bruxa conectada com duas pessoas
totalmente diferentes mas que se completam nesta vida
como se fossem um casal.
São um casal,melhor dizendo foram em outra vida.
Acabei por transformar dois burgueses egoístas
em pessoas interessantes.
Apurei a personalidade de cada um e
os presenteei com textos,desejos,amores,
amares,volúpias em linhas personalizadas .
Sou uma escritora mediúnica que age pelo extinto.
Apenas sou cavalo de algo muito mais profundo e
inexplicável.
Recebo e me envolvo emocionalmente.
Com o desprezo eu vomitei textos.
A ação é esta: vômitos.
O tempo passou
e da cara do velho nem lembro.
Apenas lembro vagamente dos jogos perversos e
do quanto aprendi a nunca mais me envolver seriamente com ninguém.
Aprendi a jogar, a interpretar
e a ser exatamente como ele.
Atriz moldada pela dor de ter acreditado numa imbecilidade atroz.
Já o outro nunca vi ou verei.
Eu apenas como mulher,
me preocupei prontamente por senti-lo frágil.
Ali naquela alma há a necessidade de mil abraços.
Abraços calados e sérios mas algo muito mais linkado
à afetividade Philos do que Eros.
Estava óbvio e claro que era necessário que a amizade entre eles
voltasse a ser o que era.
Precisavam de um tempo para sentirem saudade um do outro
e colocarem os pingos nos is.
O velho sabe manipular mentes e tem paciência.
Sabe ser brincalhão, um bobo da corte
que traz a alegria ao sofredor.
Yin Yang e também o eterno jogo do business.
Aonde impera dinheiro e trabalho não pode haver brigas.
A amizade floresceu na primavera como tinha que ser.
Fico feliz por um lado,
mas me decepciono com a fraqueza humana,
bem como fico feliz com a minha franqueza.
Eles estão tão distantes agora.
O tempo passa tão rápido e
tudo me parece ser tão ridículo
e superficial diante das dificuldades que enfrento na vida...
eles foram algo que já não existe mais,
não em meu mundo carente de tudo.
Apenas sou um ser que vaga e
reporta se apaixonando todos os dias por qualquer um.
A sorte é que a válvula de escape é exatamente a superficialidade
destas pseudo paixões.
Necessário perceber que jamais seria possível se apaixonar
nem por A e nem por B.
Não se encaixam no meu "modus vivendi".
São fracos e vieram de outra esfera social.
Uma elite cercada por mimos na qual não me encaixo.
Sou apenas o cão lazarento duplamente chutado
em uma aposta por burgueses cheios de empáfia.
Nada mais. Um rascunho de algo escrito num papel
de guardanapo em um boteco e depois amassado
e posto no lixo.
Eu fui o esboço de um desejo genial perdido no esgoto.
Nada mais.
S.F.
http://suicidalwomen.blogspot.com.br
Conto de Fadas
Eu trago-te nas mãos o esquecimento
Das horas más que tens vivido, Amor!
E para as tuas chagas o unguento
Com que sarei a minha própria dor.
Os meus gestos são ondas de Sorrento...
Trago no nome as letras de uma flor...
Foi dos meus olhos garços que um pintor
Tirou a luz para pintar o vento...
Dou-te o que tenho: o astro que dormita,
O manto dos crepúsculos da tarde,
O sol que é d'oiro, a onda que palpita.
Dou-te comigo o mundo que Deus fez!
- Eu sou Aquela de quem tens saudade,
A Princesa do conto: “Era uma vez...”
Florbela Espanca, in "Charneca em Flor"