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quinta-feira, 16 de julho de 2015

Under Construction- No Title

@S.F, Simple Sony Cybershot

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Under Construction- No Title


Tudo que ela sabia era que apenas era capaz de senti-los.
Sentia e os amava com todos os defeitos.
E naquela semana, no começo de Julho adoeceu.
Sua saúde havia ido passear em algum limbo sem avisar.
Febre incessante, vômitos por causa da alta temperatura e 
por fim o descanso d'alma.A válvula de escape vinha através dos desmaios.
Ela chegou ao ápice do stress que um ser humano poderia chegar.
Meditava e agarrava à sua pedra que havia sido programada para proteção.
Sua drusa de ametista que a acompanhava desde os anos 90 partiu-se em 3  do nada.
Sentiu-se  sugada.Era como…era. Não podia ser.
Hesitou.Recusou-se a acreditar que ele havia aportado novamente nestas terras.
Resolveu então dar uma espiada na network do vampiro sem caráter.
Aquele pústula que a fez tão mal e que criou roteiros e a envolveu num jogo macabro.
Ele brincou de romance e a envolveu.
Conseguiu descobrir que ele chegou na semana que ela passou mal.
Amaldiçoado seja a sua existência e a de seus ascendentes e descendentes.
Amaldiçoado seja o ego que não cabe naquele corpo mediano e já senil.
Amaldiçoados sejam os joguetes que envolvem pessoas frágeis 
e traumatizadas como aquela guria que sofre até hoje.
Ele nunca iria parar de machucar mulheres frágeis.
Não há pior sentimento do que a indiferença.
Nada doía mais do que o amor não correspondido
e a lealdade resignada à alguém que não liga.
Um sádico psiquiatra manipulando uma masoquista sensível e subserviente.
Mesmo sem se falarem, mesmo sem se verem, mesmo sem contato físico ela era capaz de
perceber quando ele estava por perto e sempre adoecia.
Ela nunca gostou de aniversários mas depois dele esta data passou a ser a mais odiada.
“Vamos comemorar o nosso reencontro no seu aniversário!”, e a realidade foi 
“Eu não quis te ver.Fui embora antes.Eu não preciso de você para nada!” Realmente ela ouviu isto na
data que veio ao mundo. Ela se lembra que comprou uma lingerie nova, um bom vinho,
limpou a casa, cozinhou e esperou. Penélope em choque.
Amante sem ser.Rua de mão única.Cobaia.
De fato, se ela já era triste,ele conseguiu fazê-la três vezes mais triste após esta brincadeira.
O seu sócio, uma espécie de prostituta competente que vive às custas dos
projetos que ele oferece colaborou para o enterro da tal morta-viva. 
Uma vez brigaram quando ele quis se fazer presente pela ausência e ela quase enlouqueceu de vez.
Ela não queria que eles brigassem e pediu que ele ponderasse e refizesse os laços.
O sócio era mais louco e interessante do que o perverso.Ele tinha um ódio encruado.
Era um sentimento que se ele jogava em seu trabalho, sua arte, suas andanças.
O guri tinha olhar único e faíscas ao redor de si.
Eles se completavam.Os dois se encaixavam perfeitamente,
mas por mais que ela achasse o sócio interessante,
quando ela dormia ela sonhava com o velho perverso.
“Descansa na minha mente. Você pode”.”És minha e não sabes.Já é.”Ughhhh.
Ele estava no seu inconsciente como um desejo de guria mimada.Ela não o queria realmente.
Ela o inventou através dos tais scripts escritos e ela o transformou em perfeição.
Ela apenas o via como ela queria vê-lo e não como ele era.
Baco era covarde, problemático e sádico.Riquinho bon vivant, bobão e vazio. 
Ele tinha medo da velhice e suas relações eram superficiais.
Não cabe aqui questionar o coração da guria confusa e carente.
Já o tal sócio, ahhhh o sócio.O tal Nabo Hopper Samambaia Viscontino  furioso a encantava.
Ele era deliciosamente brabo,deprimido e talentoso.
Ela pegaria um ônibus e iria para a terra da garoa apenas para acarinhá-lo.
Somente para beijá-lo.Ele não a enganou.Isto não tinha preço. 
Este mérito o fez merecedor de seu amor platônico e de um bem querer infinito.
Não significava que fossem se conhecer,mas a sinceridade também é pedal para o tesão.
A falta de paciência com os coices que a guria costumava soltar o transformou em inatingível.
Ele partiu para sempre, mas como o seu Mestre o amava ela também o amava.
Logo, logo os dois iriam aportar em Portugal para um novo trabalho. 
E ela ainda com fé e sem Deus.Pobre Bacante abandonada e rejeitada.
Uma ninfa não manda em quem é destinada a adorar.
A sua alma não lhe pertencia mais.Pertencia ao seu Mestre. 
Ela o fez Mestre e mesmo ele não lhe querendo,
não lhe amando,ela se conectava com ele.
A sua solidão e inquietude estavam latentes e a sua dor de amor também.
Ele a recusava veementemente 
e ela como toda mulher renegada fora cruel em atos e palavras.
Não lhe cabia desprezá-lo,apenas odiá-lo e aceitar o seu silêncio.
Baco é um Deus tinhoso e com Deuses não devemos brincar.
O seu papel era ser devota mesmo não sendo mais quista.
Por anos chorou um amor que lhe foi negado e o encontrou novamente
no vinho.E ela acostumou-se a se esparramar no chão e a se banhar e beber  a bebida.
Era como se ele se fizesse presente nestes rituais.
Ardia em febre diante de sua estada no Brasil e da incapacidade de vê-lo.
Gritava e quebrava coisas com tal impotência.
Amaldiçoou todas as suas reencarnações passadas e futuras.
Por momentos achava possível resgatar um passado remoto,
era como se ela achasse que pudesse haver um instante zero. 
O impossível  para os que amam ou acham que amam sempre
é possível. A Bacante ingênua, perdida, doída achava que Pandora lhe ajudaria neste caso.
Enganava-se e mergulhava no espelho,
Beijava o seu ombro direito compulsivamente como ele na época ordenou.
“O seu ombro direito sou eu.Eu estou em seu ventre.Somos almas gêmeas.”
O pobre ombro direito ficou em carne viva de tantos beijos durante estes longos meses.
Em um lapso lembrou-se de Picasso 
e de como Dora Maar foi estraçalhada pelo pintor espanhol.
Estava doente. Enlouqueceu amando memórias que ela mesmo criara a partir de um curto período.
Ela nem mais se lembrava de seu rosto.
Deuses mudam de aparência.
Ela sempre iria inventar uma desculpar para a sua covardia,
para a sua maldade.
Ela o defendia mesmo sendo um canalha assumido.
Ele havia proibido o sócio Hopperiano de falar com ela 
e ele obedeceu. Calou-se e ausentou-se de sua vida.
Como a mulher amava também o Nabo Hopper Samambaia Viscontino perdido
e furioso. Diamante raro entre os homens.
Ela perdeu os dois assim em um estalar de dedos.
Perdeu o que nunca teve e nunca teria, 
no entanto ela continuava a sonhar todas as noites com Baco.
Ode ao vinho, amor ao mar, rejeição e profunda tristeza regada à jazz.
Maladie d’amour.Mal au coeur.Mal me quer.
@S.F.




@S.F, Simple Sony Cybershot

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Happy Bday Nosferatu!

Amaldiçoado seja o dia 9 de julho de lá vai fumaça.
Amaldiçoado sejam todos os dias 9 de julho.
Nada a comemorar. Apenas o nascimento de um sanguessuga.
Amaldiçoado seja o velho sádico, seus ascendentes e descendentes.
Amaldiçoado sejam aqueles que lhe têm afeto, amizade e que confiam na escuridão.
Amaldiçoado seja por todas as encarnações e pelo seu resto de vida neste plano.
Amaldiçoado seja o seu sócio lambe cú.
Amaldiçoado seja aquele que fala mal, lhe chama de vampiro e depois lhe beija a mão.
Happy Bday Nosferatu!



quarta-feira, 17 de junho de 2015

Fée Verte

Under Construction
Fée Verte
Mergulhei inteira em uma banheira de absinto.
Me banhei e fui esfregada por fadas.
Perto do ralo encontrei um par de mãos louva-deus
e eu reconheci aqueles dedos quando olhei para os meus.
Permaneci estática e os beijei.
Brinquei com a minha própria projeção enquanto
as fadas sussurravam em meus ouvidos um cântico suave.
Entrei em apnéia, permaneci ali e me tornei parte da bebida.
Visgo aflito.
As tais mãos puxaram o tampão do ralo e eu escorri esgoto à dentro.
Fui levada ao mar guiada pelas tais fadas que sorriam
e percebiam o meu desejo.
Eu me soltei castanha absinto e me transformei em espuma de oceano.
O plâncton mais arredio e azul dos mares do Atlântico Sul.
S.F.


pic by me S.F.
Simple Sony Cybershot


Uma Carta Para Um Pústula - Escrito por Arusha Arish ( sempre sou uns nomes inventados por aí)...
Time Is Loading...
Se tu abotoasse o teu próprio paletó de madeira já seria alívio para um mundo recheado de babacas .
Creio que fizestes mal a um monte de gente nesta vida…
magoastes uma porrada, pelo menos foi o que eu escutei dos ventos.
Não há como negar que eu adoraria celebrar a tua morte.
Na verdade, eu festejo a cada mês que passa um pouco de menos vida.
O tempo se torna cruel para ti não é?
Aquela sonhadora, sorridente, brincalhona e esperançosa foi-se.Foice.
Não sobrou nada. Sobrou uma alma aqui cheia de cortes que não sente mais graça em nada.
Eu sinceramente gostaria de dizer à ti que estás velho e que te perdôo por isto.
És velho, e velhos têm que ter atitudes de velhos…
tu conseguistes o pior.Ser uma mistura de hipster, hippie e yuppie dos trópicos que tira ondinha na Europa.
Forças a barra para ser jovem e acaba te tornando um espectro da tua própria decrepitude .
És patético e ao menos por este lado eu rio.
Eu só percebo o quanto és babaca e metido a moderninho pelo seu Face.
Eu fico contente de não tê- lo conhecido.
Mesmo com seus ebós, mesmo com eles nada te salvará .
Deixastes muitos rastros de mágoas.Feristes muitos que te amaram.
Deite-se na cama, apague a luz, cruze as mãos em teu plexo solar e deixe a tua alma descansar.
Morra para o mundo e tenha dignidade pelo menos uma vez em tua vida nefasta seu verme!
sem mais,
S.F. ou Arusha Arish tanto faz...

sábado, 6 de setembro de 2014

"Alquimista Emocional" O Tempo Passa E É Remédio Que Cura...


pic me by me S.F.
Duas versões :

Alquimista Emocional

Under Construction...

O tempo foi passando,
foi passando e com ele aquele sentimento inventado.
Eu precisava talvez, o meu ego necessitasse acreditar
em alguma coisa ainda que pudesse na época me salvar.
Algo que recuperasse a esperança que eu havia perdido
na humanidade.
Foi assim:um sentimento criado.
E eu a alquimista que conseguia transformar
chumbo em ouro.
Uma alquimista emocional.
Bruxa conectada com duas pessoas
totalmente diferentes mas que se completam nesta vida
como se fossem um casal.
São um casal,melhor dizendo,
foram em outra vida.
Acabei por transformar dois egoístas
em pessoas interessantes.
Apurei a personalidade de cada um e
os presenteei com textos,desejos,amores,
amares,volúpias em linhas personalizadas.
Alguém que escreve de forma mediúnica, que age pelo extinto.
Cavalo de algo muito mais profundo e
inexplicável.
Vomitei textos.
A ação é esta: vômitos.
O tempo passou
e da cara de um nem lembro.
Lembro vagamente dos jogos irritantes.
Aprendi a nunca mais me envolver seriamente com ninguém.
Aprendi a jogar, a interpretar
e a ser exatamente como ele.
Atriz moldada pela dor de ter acreditado numa imbecilidade atroz.
Jamais os verei novamente.
Um totalmente egocêntrico, o outro problemático.
Eu apenas como mulher,
me preocupei  por sentir o problemático tão frágil.
Ali naquele espírito há a necessidade de mil abraços.
Abraços calados, mas algo muito mais linkado
à afetividade.
Muito mais Philos do que Eros.
Estava óbvio e claro que era necessário que a amizade entre eles voltasse a ser o que era:nó de marinheiro.
Precisavam de um tempo para sentirem saudade um do outro e colocarem os pingos nos is.
Um  era Mestre em manipular mentes e com a  paciência necessária.
Brincalhão,  bobo da corte que sabe trazer alegria ao guri sofredor.
Os dois juntos:Yin Yang.
Juntos em eterno business.
Aonde impera dinheiro e trabalho não pode haver brigas.
A amizade floresceu na primavera como tinha que ser.
Fico feliz por um lado,
mas me decepciono com a fraqueza humana,
bem como fico feliz com a minha franqueza.
Eles estão tão distantes agora.
O tempo passa tão rápido e
tudo me parece ser tão ridículo
e superficial diante das dificuldades que enfrento na vida...
eles foram algo que já não existe mais,
não em meu mundo carente de tudo.
Apenas sou um ser que vaga e
reporta se apaixonando todos os dias por qualquer um.
A sorte é que a válvula de escape é exatamente a superficialidade destas pseudo paixões.
Necessário perceber que jamais seria possível se apaixonar nem por A e nem por B.
Não se encaixam no meu "modus vivendi".
São burgueses.Vieram de outra esfera social.
Pertencem à uma elite cercada por mimos na qual não me encaixo.
Sou apenas uma alma .
Nada mais.
Eu ali fui um rascunho de algo escrito num papel
de guardanapo em um boteco e depois amassado
e posto no lixo.
Eu fui o esboço de um desejo genial perdido no esgoto.
Nada mais.
Foi
S.F.



under construction...

O tempo foi passando,
foi passando e com ele aquele sentimento inventado.
Eu precisava talvez, o meu ego necessitasse acreditar
em alguma coisa ainda que pudesse na época me salvar.
Algo que recuperasse a esperança que eu havia perdido
na humanidade.
Sofri, senti muita dor e depois mais ainda adoecendo.
Pedi ajuda, pedi palavras positivas e obtive o eterno calar.
Só,sempre só e  foi assim:
um sentimento inventado.
E eu a alquimista que consegue transformar
chumbo em ouro.
Uma alquimista emocional.
Bruxa conectada com duas pessoas
totalmente diferentes mas que se completam nesta vida
como se fossem um casal.
São um casal,melhor dizendo foram em outra vida.
Acabei por transformar dois burgueses egoístas
em pessoas interessantes.
Apurei a personalidade de cada um e
os presenteei com textos,desejos,amores,
amares,volúpias em linhas personalizadas .
Sou uma escritora mediúnica que age pelo extinto.
Apenas sou cavalo de algo muito mais profundo e
inexplicável.
Recebo e me envolvo emocionalmente.
Com o desprezo eu vomitei textos.
A ação é esta: vômitos.
O tempo passou
e da cara do velho nem lembro.
Apenas lembro vagamente dos jogos perversos e
do quanto aprendi a nunca mais me envolver seriamente com ninguém.
Aprendi a jogar, a interpretar
e a ser exatamente como ele.
Atriz moldada pela dor de ter acreditado numa imbecilidade atroz.
Já o outro nunca vi ou verei.
Eu apenas como mulher,
me preocupei prontamente por senti-lo frágil.
Ali naquela alma há a necessidade de mil abraços.
Abraços calados e sérios mas algo muito mais linkado
à afetividade Philos do que Eros.
Estava óbvio e claro que era necessário que a amizade entre eles
voltasse a ser o que era.
Precisavam de um tempo para sentirem saudade um do outro
e colocarem os pingos nos is.
O velho sabe manipular mentes e tem paciência.
Sabe ser brincalhão, um bobo da corte
que traz a alegria ao  sofredor.
Yin Yang e também o eterno jogo do business.
Aonde impera dinheiro e trabalho não pode haver brigas.
A amizade floresceu na primavera como tinha que ser.
Fico feliz por um lado,
mas me decepciono com a fraqueza humana,
bem como fico feliz com a minha franqueza.
Eles estão tão distantes agora.
O tempo passa tão rápido e
tudo me parece ser tão ridículo
e superficial diante das dificuldades que enfrento na vida...
eles foram algo que já não existe mais,
não em meu mundo carente de tudo.
Apenas sou um ser que vaga e
reporta se apaixonando todos os dias por qualquer um.
A sorte é que a válvula de escape é exatamente a superficialidade
destas pseudo paixões.
Necessário perceber que jamais seria possível se apaixonar
nem por A e nem por B.
Não se encaixam no meu "modus vivendi".
São fracos e vieram de outra esfera social.
Uma elite cercada por mimos na qual não me encaixo.
Sou apenas o cão lazarento duplamente chutado
em uma aposta por burgueses cheios de empáfia.
Nada mais. Um rascunho de algo escrito num papel
de guardanapo em um boteco e depois amassado
e posto no lixo.
Eu fui o esboço de um desejo genial perdido no esgoto.
Nada mais.
S.F.






http://suicidalwomen.blogspot.com.br




Conto de Fadas

Eu trago-te nas mãos o esquecimento 
Das horas más que tens vivido, Amor! 
E para as tuas chagas o unguento 
Com que sarei a minha própria dor. 

Os meus gestos são ondas de Sorrento... 
Trago no nome as letras de uma flor... 
Foi dos meus olhos garços que um pintor 
Tirou a luz para pintar o vento... 

Dou-te o que tenho: o astro que dormita, 
O manto dos crepúsculos da tarde, 
O sol que é d'oiro, a onda que palpita. 

Dou-te comigo o mundo que Deus fez! 
- Eu sou Aquela de quem tens saudade, 
A Princesa do conto: “Era uma vez...” 

Florbela Espanca, in "Charneca em Flor"

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Despedindo-se De Um Burguês Da Água Espraiada E De Alma Espraiada...

Elena Kalis


Despedindo-se De Um Burguês Da Água Espraiada E De Alma Espraiada...

Bem, agora está tudo bem.
Tudo voltou ao eixo.
Não fiques mais triste até os ossos.
Voltastes.
Aliás, jamais deverias ter se afastado.
Cada um tem o demônio que merece.
Cada um possui o vampiro designado 
e este pertence exclusivamente à ti.
Somente à ti e ele é todo teu.
Conseguistes aceitá-lo com todos os defeitos
e com a arrogância inerente .
Agora está tudo bem,
e eu te deixo em paz.
Agora será um calar eterno.
Pá de cal .
Questão finita.
A vida é isso:
inexorável inexistência.
Vocês sempre serão uma célula só.
Importantes juntos .
Ele, a parte forte.
Tu, a parte sensível.
A genialidade está em ti, 
todavia ele te alimenta.
Ele te enche de vida
e infelizmente necessitas dele.
É o teu astro rei.
O que eu considero mais importante nesta história é a minha sanidade.
E eu jamais devo travar contatos com quem outrora ousou tentar me machucar.
Considero o ato de mendigar amizades,amores, diálogos ou experiências também dispensáveis à mim.
A vida é isso:
pá de cal .
Questão finita.
Não há porque procurar coringas para dilacerar a alma.
A indiferença é perturbadora e sabes.
Eu assim vou seguindo.
Eu vou  por aí me afogando 
e sendo afogada a cada segundo.
Convivendo com o desprezo e
com a indiferença do bicho homem.
Não tens coração nem de ouro e nem de lata.
Eu apenas  disse que tinhas para ser irônica.
Não tens,ele já tomou para si o teu órgão vital.
Não tens nada, apenas uma fraqueza.
Eu poderia dizer que és tão frágil mentalmente,
que por muitas vezes senti vontade de pegar-te no colo.
Ele domina a tua mente e lhe segura  dando  folga na coleira de velho adestrador acostumado.
Ahhh as ações perversas são incapazes de serem notadas.
Não conseguistes percebê-las.
O que é veneno para seres como nós,
é seiva doce para ele.
Resisti por teimosia e pela insistência animal e ancestral.
Sou de matéria frágil :
espécie de papel já reciclado 
desmanchando-se.
Cristal que se desgasta 
e vira pó com o passar das estações.
Corrosão embutida.
Eu sou eterno outono.
Folha tombada em um córrego sujo.
O perdão  talvez fosse o caminho,
mas meu espírito encarnado é novo por demais .
Aceito ter vindo desprovida do perdão.
Vou por aí encontrando respaldo na vida em pessoas simples,
estas que tu, um burguês de alta patente,
julgou tábula rasa em uma conversinha amena.
Pois bem. São estas as pessoas que mais me entendem.
Elas conseguem me escutar calada. 
Ouvem de longe o meu pedido de socorro.
Tudo e o tempo todo sempre foi um pedido de socorro.
Pessoas como eu acabam por se afogar.
Somos tímidos  buracos negros de nós mesmos.
Auto-dragagem.
Ser temporário e nunca perene.
Sofrer não é privilégio meu, eu sei.
 Bobagem repetir para mim algo tão decorado.
Apenas acontece.
O sofrimento faz parte da vida.
Acontece com pessoas como eu,
como nós.
Aproveite o sopro de vida que ele te fornece.
A vida é isso:
pá de cal .
Questão finita.
S.F.

domingo, 24 de agosto de 2014

Mini Conto Da Celta Incorrigível...

      Pic. by Me S.F.

Mini Conto Da Celta Incorrigível...


E mesmo sem nunca mais falar .
No silêncio habitando.
Era uma guria socialmente muda.
Mutus Liber...
mesmo assim,
quando ela passava mal
descansava na mente dele…
segurava uma ametista e
lembrava dele até se acalmar e dormir.
Funcionava. 
Ele a protegia sei lá como.
De alguma forma  ela se acalmava.
Ele ainda estava por perto
sem estar e nunca mais nuca.
E ela ainda mentia fingindo que
descansava em sua mente 
e que mordia as suas panturrilhas andarilhas...
S.F.

Yael Naim -Lachlom


quarta-feira, 9 de julho de 2014

Onírico Mode....




 Pic me by me S.F.




Onírico Mode...


Eu ontem tive um sonho,
estava na praia e
ele me olhava do calçadão.
Bebia e me olhava mas nada falava.
Olhava fixamente dentro de mim,
me desnudava completamente.
Labaredas na retina. 
Íris vermelhas.
Aura lilás.
Eu apenas ali nas areias, no sol, 
no mar entregue e lagarteando.
Meus cabelos revoltos e longos
estavam amarrados com algas.
Um coque enrolado com algas
e uma coroa de pérolas negras.
Eu trajava  um bikini de conchas 
brancas e madrepérola.
Eu furtava a cor ao sol.
Olhava o céu e os pássaros e 
percebia que amaria voar.
Minhas asas foram cortadas?
Por quê não voava?
Eu ali na areia permanecia,
ciscava enquanto meu dono me olhava.
Eu o olhava e chorava pois amaria voar.
Ser livre e não entendia o que se passava.
Comia o que encontrava. 
Pequenos grãos de luz a me alimentar.
Livre mas sob aquele olhar.
Livre assim, num pedaço de mar vazio só pra mim.
Para nós,Para ti.
Não Paraty aonde a elite descansa 
e se finge de hippie entre Feiras
e Exposições.
Era uma praia deserta,desconhecida
mas havia calçadão.
Eu o olhava de vez em quando 
e ficava rubra com sua presença.
Ele não ria,apenas  bebia.
Tomava conta.
Eu era algo e não alguém.
Não era um homem palpável,
mas uma presença sentida.
Eu só conseguia ter acesso aos seus olhos.
Olhos de fogo.
Diabo no corpo,
diabo no copo.
Bebia meu sangue no sonho.
bebia lentamente.
E eu consentia e agradecia com a cabeça baixa.
Olhos de Dom.
Eu era um espírito a dormir. 
Eu estava ali apenas porque ele queria.
Sonhei intensamente com aquela presença.
Um intruso que penetrava dentro de meu
inconsciente por horas  enquanto eu descansava.
Momento tormento.
Nada quis ou disse.
Eu: alma vigiada.
e ele dono, apenas olhando do calçadão.
Senhor do tempo e da ampola.
Por fim entendi: estava aprisionada.
Eu morava em uma garrafa cheia de areia.
Tristeza…
não era asa cortada,
era maldade implantada.
Eu um objeto na coleção.
Bacante babaca.
Nisa de Dionísio.
Ele amigão de Morfeu 
e camarada de Hipnos.
Cheio das influências por ser filho de Zeus.
Algoz das noites  que eu tentava desligar a  mente.
Tentáculos impossível de escapar.
Verdades e mentiras se entrelaçavam como amantes de longa data..
E nós nos relacionávamos em um silêncio eterno.
Éter e absinto se misturavam. 
Me enebriavam na tal garrafa-moradia.
Meu doce carrasco das noites bem dormidas,
aonde eu me sentia presa mas ao mesmo tempo protegida.
Lá nos sonhos,eu pertencia a alguém.
Havia um lar:uma ampola cheia de mar e ar…
e eu, a ninfa escolhida e protegida por seu estranho olhar…
S.F.


quinta-feira, 1 de maio de 2014

Flor de Inverno


Calcite~ "The Stone of Light" Centering, Grounding, Purification, Money, Peace, Calms Fears.



Houve um tempo há 2 anos,
que eu confiei e simpatizei com o errado,
e não ouso dizer errante.
Caí numa trama nojenta,
em um script preparado.
Uma teia que quase me matou.
O vampiro que sugava,
uma aranha que aos poucos envenenava.
Um jogador nato.
Eu o amei por indução e
não foi algo natural.
Foi arquitetado por ele.
Durou 2 anos e se foi.
Era nuvem de gafanhotos,
peste de temporada que
se abateu sobre a safra que me alimentava.
Um longo tempo se passou,
e conversei com alguém que era verdadeiro.
Eu o apelidei de "Flor de Inverno" e
nós quase ficamos amigos.
Foi por um triz que isto não aconteceu.
Este homem sensível e verdadeiro me disse
"Fotografias são mentiras bem contadas",
deduzi por mim mesma que os fotógrafos eram especialistas
em causos e mentiras.
E comecei a ser burra pela unanimidade.
Traí o Mestre Nelson Rodrigues ,
traí a mim e tentei machucar a flor.
Ele era tão nobre que não significou nada.
Eu fui reativa à sua quase presença em minha vida.
Fechei as portas antes que ele pedisse para eu abrí-las.
Ele nunca quis que eu as abrisse.
Não queria nada.
Não fazia a mínima questão de me conhecer.
Eu era um zero um nada e a história se repetiu.
Ele apenas tinha uma curiosidade em saber quem era
aquela pessoa que o tal vampiro tanto machucou.
"A ressentida sentida"...
Eu sabia que não o conheceria.
Nada consumado e  eu não queria mais sofrer.
Eu tive que ser má e
por fim fazê-lo se afastar.
Hoje, passado um tempo,
eu tenho certeza que nunca mais este homem
vai voltar a me procurar.
Sei que vou ficar só e nem vou procurar ninguém.
"Tente não sofrer com isto", ele disse...
não dá para não sofrer, eu sou humana e sofro.
Eu tenho muito amor para dar,
mas ainda posso adotar um gato.
Sofro por ser só e por ter perdido tanto tempo
com tantos homens que me fizeram mal.
Impossível eu me perdoar.
Eu cheguei  em um patamar que não há resgate.
Pensando bem, é melhor não adquirir gato nenhum.
Eu tenho que ficar só e tentar ser alguém
em outra vida.
Quanto à flor de inverno,
bem ela vai seguir o seu caminho.
Ela vai encontrar um belo vaso
para repousar e a sua sala ficará
harmônica e leve.
Repleta de pólen e luz.
A tristeza fará parte ainda de sua vida,
mas alegrias virão até o verão.
Meu Hopper Samambaia que nunca foi meu.
Foi de todos menos meu.
Foi um prazer conversar um pouco com alguém
digno, honesto e cristalino.
Eu nunca vou conhecê-lo.
Nesta vida, eu falhei por demais.
Tudo eu deixo para a próxima tentativa.
É o corpo estendido no chão de uma guria que
foi criada mimada, cresceu a contragosto.
Perdeu tudo e todos e nunca aprendeu a ouvir um não.
Quem sabe na próxima eu renasço inanimada?
Uma rocha no fundo do mar?
Quem se importa com uma mulher
que no fundo é uma porta?
S.F.
              Naquela bizarra parceria ele era a luz.
              Ele era a produção, a direção, o olhar .
              A criatividade  que conseguia extrair de alguém o lado lúdico.
              Flor de Inverno em sua solidão
              e lealdade, com a sua doçura conseguia encher
              aquele coração já cansado de vida e esperança...



























Klaus Kinski & Isabelle Adjani  Nosferatu (1979)





sábado, 26 de abril de 2014

A Ressentida ou RIP Sentimentos...







pic me by me S.F.


Uma ressentida não pode sentir.
Não pode magoar-se
e tem que entender que ficar solitária no resto de vida que lhe sobra é necessário.
Ressentida sentida que sente e não pode sentir.
Alguém que praticamente já se foi deste mundo quando endureceu.
Silvana morreu quando dela lhe arrancaram a esperança e a alma...
lhe retiraram o coração enquanto ela dormia.
Faça bom proveito velho dos infernos!
Porque eu confiei pela última vez em alguém que não era ninguém.
Eu achava que poderia ter amizade e recebi uma cota de desprezo
que me massacrou durante dois anos seguidos.
Indiferença, desprezo e jogatinas inúteis.
Psicopata e vampiro.
Personagem esquizóide.
Homem pequeno como seu nome diz.
Pequeno é pouco!
(cai o urdimento,
a cortina de veludo vermelha,
o palco e o ator de quinta que nele se encontrava).
Ressentida sim, comigo mesmo que consenti.
Ressentida com a vida!
Clap,Clap,Clap...
S.F.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

E foi mais ou menos assim...

me by me S.F.

E foi mais ou menos assim...
Oráculo dos desejos e desgraças de uma amante ponte aérea 
que sempre será.
Incapaz de esquecer para não lembrar.
Objeto de aposta ali disposta sobre a sua intragável 
e ácida crise de humanidade, 
crise de terceira idade.
A sua memória e a sua existência na Terra se tornaram tão intragáveis 
como um gole de um copo inteiro de conhaque de alcatrão .
A  sua persistência em viver era o arder no peito da moça.
O Crepúsculo da virilidade lhe abatia e a idade o perturbava...
o seu vazio insistia em lhe espancar: puta camarada ôco n'alma.
Ele era atormentado pela sua própria pobreza de espírito e
com toda vivência e sapiência havia tornado-se um homem perverso.
Uma alma sonâmbula a vagar pelo limbo e a colecionar conquistas.
Pobres gurias sonhadoras: targets de jogos feitos para apenas preencher
o seu ego.
Não tratava-se de um vira-latas, mas sim de um vira-nada,
modalidade esta crescente entre homens 
que tornam-se aos seus olhos com a idade,
 cansados de si mesmos.
A reação era tenebrosa e egoísta.
Era devastador para quem se envolvia ...
foi uma história permeada de lembranças remendadas: 
uma colcha patchwork.
Frases que havia lido em pára-choques de caminhão eram utilizadas 
para que ele de alguma forma começasse um roteiro em sua própria mente.
E lá construía-se a derrocada mentira.
Apenas lá e somente lá mesmo...
Ele era o personagem de mil scripts mal interpretados 
e sempre inacabados. 
E sempre seria assim:um ser orgulhosamente torto e errôneo.
Egoísta à vista a pisotear em quem consentisse.
Um vampiro a se alimentar de deslizes e a 
usar conscientemente máscaras de Wilde,Bucowsky,
Kafka,Castaneda e Jung para  as suas triviais conquistas...
um dia, ele disse que a tinha aprisionado para  lhe fazer contente.
Ela achou graça de seus devaneios, sorriu e acatou.
Fingiu que entendeu mas nunca conseguiu entender 
ou acompanhar aquele script. 
Nunca se sentiu contente aliás...
enquanto isto,ele comia letrinhas em forma de sentimentos provocados.
Um homem maduro e tolo que no fundo tinha medo de envolver-se.
Ela era a espectadora consciente de um embuste.
A curiosidade quase a destruiu 
e o amor em forma de respeito a fez nunca odiá-lo...
ela não era capaz de odiar um ser lúdico por mais que
este fosse o egoísmo esculpido lhe destruindo propositalmente dia a dia.
A natureza daquela mulher não era odiar e sim eternamente perdoar...
S.F.






 













                                                                                             

                                                                         Music box " la Valse d'Amelie"





sexta-feira, 28 de março de 2014

Se Ele soubesse...


Dora Maar

Se o velho soubesse que ele foi bem melhor na ficção.
Que eu o transformei em bom homem,
algo que ele jamais poderá ser na realidade.
SE o velho entendesse que todas os seus devaneios
foram transformados e mixados em contos e crônicas,
talvez ele conseguisse mesmo de fato perceber
o quão merda ele é.
Talvez ele apurasse o quanto eu sou devota de Saint Germain.
Em mim, tenho o dom do perdão e
também da transmutação
S.F.

Olhos de Netuno!


me by me S.F.

Ano passado, quando eu o conheci.
Ali, naquele momento vendo aqueles olhos da cor do céu,
um andar único e forte a trafegar pelas ruas antigas
da cidade.
O asfalto transformou-se em tapete vermelho
e era acolchoado para que o Comendador caminhasse.
Havia um perfume enebriante e uma intimidadora
elegância que se espalhava naturalmente pelas ruas obscuras do Centro.
"Vem Silvana, me dá o seu braço!"
disse ele com um sorriso indescritível de moleque.
E eu a olhar,a admirar de longe:arredia.
Eu queria agarrá-lo faminta de tudo àquelas alturas.
Foram minutos que valeram por meses!
Ano passado,ali eu percebi o que era um homem verdadeiro.
Verdadeiro no sentido de ser real,
não apenas por ter a tal realeza cravada em seu peito.
mas com aquela presença eu percebi então
o que há muito era claro para todos:
eu amei durante 2 anos um nada...
e ali estava a minha compensação:Netuno a me proteger.
Ele veio lá para me buscar e acarinhar.
Um homem não maltrata uma mulher jamais.
O verdadeiro homem não é mau e
nem perverso,ele apenas é.
O verdadeiro homem se preocupa com a fêmea
e a protege como tem que ser.
Saudades de conversar com um cérebro Sr. de Ninguém...
O Senhor como sempre é ímpar e pertinente.
Deduz de forma inteligente, bem humorado
e perspicaz.
Homem forte que não perde a ironia!
Os ventos sopram para o Norte
e ele teima e vem com tudo para o Sul!
Assim eram aquelas bilhas iluminadas dos meus Deuses!
Olhos que remetiam a vida!
Daí foi ali que eu tive uma pena do problemático Baco...
Netuno me fez perceber a grandiosidade
de ser um homem diante de uma mulher
que o deseja...
Netuno era acessível e bom.
Ano passado, ali diante daquele Deus dos Mares,
eu entendi que estava transtornada e por um ninguém eu sofri.
Eu havia me desgastado por nada!
Ano passado,eu percebi que o tempo havia se transfomado.
Corri atrás do ônibus,
e mesmo assim o perdi.
Estava cheio
e era o lotação errado...
S.F.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Evoé Para Que Gente? Não Entendo...


S.F. Ele só traz a destruição...

Todo mundo fala Evoé...
todo mundo saúda Dionísio,
Zagreu,Baco...
não entendo porque saúdam um Deus que
mata e que foi tão perverso...
e ainda querem paz no mundo!
Eu já o amei,já o venerei,
o alimentei...
eu de fato quis ser bacante
e agora quero ser bacana!
Baco é o mal que sobrevive
através do vinho...
Eu quero que ele nos deixe
em paz mas infelizmente
o mundo é ditado pelo bem
e o mal.
S.F.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Sem Palavras...

Estou tão sem palavras que é melhor postar o semblante
e esquecer os sotaques facilmente deturpáveis...

Kathleen Mercado - Untitled
Photography