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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Algumas...



                  The Key to Wonderland by Christian Schloe

Pobre Judith ainda com as chaves penduradas...



    Under construction...

    Vamos beber né?
    Beber para esquecer.
    Entrar pelo buraco de uma fechadura.
    se esconder no fundo de um copo,
    navegar numa xícara e
    dormir dentro de uma garrafa de água ardente.
    Vamos beber para esquecer
     S.F.
 

sexta-feira, 17 de maio de 2013

O Mar Que Ela Amava...




Elena Kalis

Ela sempre gostara do mar.
O mar era o seu amado, o seu lar permanente.
Refúgio sagrado.
Templo sólido com estrelas
e algodões macios à abençoa-la.
O amor em forma de líquido e sal.
Satisfazia-se mergulhando.
Era sereia nadando em um universo só dela.
Cabalístico e protetor este oceano misterioso...
ela resignava-se aos humores do mar e respeitava ao âmago.
Respeitava todos os Deuses que lá habitavam.
Ela se desligava de tudo,
e os via no mar a habitar
e a brincar.
Pareciam piões estelares rodopiando nas ondas azuis,
nas ondas verdes,nas ondas caldo de cana...
tão instável este meu amante feito do sal!
Ela amava boiar e fechar os olhos!
Ahhh ali era o ventre,a mãe!
E ela necessitava ficar em posição fetal boiando.
Ali ela conseguia sentir todo o poder da natureza.
Era capaz de ouvir todo um ecossistema.
No fundo a tal senhora sabia que fazia parte daqueles seres.
Ela era azul aos outros.
Peixe raro de guelras omissas.
A sua pele sentia falta do iodo,
da vida e de tudo que lhe trazia a supra felicidade.
Um dia, um belo dia, ela conheceu alguém que mudaria a sua vida.
Um ser nefasto que a faria odiar o que ela mais amava na vida.
exatamente o mar, o azul, o oceano e a sua força...
ele veio com o intuito de mudá-la,
de transformá-la e matá-la.
Ele está conseguindo.
Aos poucos está...
hoje em dia, a triste senhora não mais consegue olhar o horizonte!
Quando ela pisa na areia os seus pés sangram.
Sangram gotículas de lágrimas presas em forma de facas.
É o incomensurável ódio que sente pelo demônio do outro continente.
E na beira d'água ela enxerga o nada.O vazio.
Ela é capaz de escutar as ondas quebrando na areia e se desespera.
Tudo ficou invisível à sua alma.
Não que não esteja lá.
Está!Mas ela não vê!
Quando ela tenta colocar os pés na água ela treme
e desanda a chorar.
Ela desabou que nem castelo de areia...
tudo desabou, secou e o vento levou para longe a areia da tal sereia.
Paf!Paf!Assim.
Ele veio para desmontá-la,
para retirar a única coisa que lhe dava vida!
O local de encontro foi escolhido de forma fria e calculado.
Ele escolheu o lugar que ela mais amava.
Este local antes idolatrado,
tornou-se agora, um signo da abominação
e de seu espírito egoísta
e vil.
Ela jamais entenderá o que ele ganhara com isto.
Ele tinha consciência
e ciência para manipular e exterminar.
Parabéns ao capturador de imagens!
Ela não mais ama o mar.
Ela não ama mais nada!
Mil parabéns!
S.F.

Christian Schloe