Ela andava pelas calçadas,
nada por testemunha,
nem a lua e nem as estrelas foram capazes de enxergá-los!
As densas nuvens tornaram-se cortinas de uma cena íntima...
ele amou a música de seus passos ao relento,
eles dois na rua,apenas os dois invisíveis aos olhos dos simples mortais!
Ela andava sem nenhuma vontade
ou pressa de chegar...
beijos,abraços,carícias mil,e passos!
Passos ciganos,e ali no asfalto o flamenco reinou!
Somente o barulho do andar sincopado da guria arredia!
O flamenco imperava nas vielas!
Ele parava para escutar com exata atenção o andar firme
e ritmado da guria gazela...
ele escutava o tal andar com curiosidade e admiração...
havia uma magia no ar,um quê de cumplicidade,
e os tais passos indo,indo,indo!
Quando um salto alto ela colocar,
daquele momento ela ternamente vai lembrar!
S.F.
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