sexta-feira, 8 de março de 2013

da Nuca ao Nunca...


lustrador francês comme il faut do século XIX, Gustave Doré.


Nunca sofri tanto por um amor...
talvez seja melhor dizer que nunca sofri tanto pelo "o amor"!
Por um ano,sofri contente e consciente...
ele me trouxe emoções reais,
enfim ele me deu vida...
devaneios,ilusões, mentiras salutares!
Ele me trouxe de volta à vida e me retirou do limbo...
voltei enfim a escrever!
Eu nunca amei tanto,
amor descabido que saía de mim sem nada em troca...
sempre obtive o nada,
nunca esperei algo...
fui tratada como um ícone em desktop,
e aceitei as regras e os jogos...
nunca admirei alguém de forma tão ímpar...
nunca rezei tanto para que ele fosse o meu par...
o meu Serge, o meu Polanski,meu,meu,meu Baco amado...
nunca pedi tanto que ele fosse de fato a minha alma gêmea...
nunca tive tanto ódio de alguém por não poder pertencer...
nunca sonhei tanto com momentos absurdos,
abraços, olhares, beijos,cumplicidade e lealdade absoluta...
meu gozo pleno,meu choro de prazer,
entrega máxima,uma nuca ainda dele...
tudo dele...
orgasmos em dimensões dantes desconhecidas...
inferno de Dante Alighieri,uma Beatriz em desespero...
inferno de Hades,Penélope de Ulisses,Sêmele de Dionísio.
Musa do Monte Parnaso e Deusa do seu adorar no Olimpo...
era tudo e nada...
tanto e pouco...
era amor que calava,amor rouco,
estampido no ouvido,
almas caminhantes nos braços de Morfeu...
desejos sem fim...
não haverá fim nunca!
Nunca sofri tanto por querer ser dele por completo...
sempre,tudo,toda e o nada por mais que nada fosse,
ele se tornou infinito!
Um homem único de voz macia,
doce,paciente, positivo,e tão bem quisto...
sempre o amarei,sempre o desejarei...
sempre vou adorá-lo de forma terna!
Pele macia, cheiro inigualável,
amor máximo e sem futuro,
tiro no escuro,
suicídio homeopático de minha alma sorumbática...
lembranças eternas de um encontro pleno,
perda de meu coração na despedida,
em sua partida já há muito programada...
perda de minh'alma ao nutri-lo e cobri-lo com este amor...
amor apaixonado e desesperado!
Amor reduntante e dissonante!
Sou passional,sou temperamental,
sou tempestade e ele a calmaria...
em seu ventre senti o vínculo esperado...
meu Baco amado insanamente desejado...
ele me deu tanto em tão pouco tempo...
ele me deu tudo e nada...
homem sábio de olhar penetrante!
Fantasias mil e roteiros mentirosos...
eu acreditei em tudo e tudo foi verdade...
apesar de não ter sido,por um momento,
por frames foi...
já posso partir,pois conheci a felicidade...
a felicidade vinda do amor,
sentimento nobre!
Ele me deu isto!
Tive sorte porque muitos não amam!
Um adeus sem palavras,
afastamento natural,
assim é que é...
assim é que foi...
me restam lágrimas nos olhos,
saudade de algo que nunca será de fato real...
S.F.




Gustave Doré - Dante Alighieri - Inferno - Plate 7 (Beatrice)






eu não me lembro de sorrir ou ser feliz na vida...
até encontrá-lo...
foto tirada por meu Baco...

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