segunda-feira, 18 de março de 2013
Espelho Emocional ou Corpo Estranho
Esboço do avesso do avesso do esboço boçal
Havia uma pedra dentro de seu sapato,
um amor doído...
era uma pedra que a machucava ade eternum...
sangrava e incomododava...
a pedra entrava dentro da pele da planta de seu pé...
não havia pinça que conseguisse retirar o tal corpo estranho...
era invisível aos seus olhos nus...
ele tinha prazer em fazê-la sofrer...
agora, ela sabe que foi um sentimento patético,
fruto de sua própria mente!
Mente,mentira,mitomania...
pura invenção!
Ahhhh rasteira por ser uma guria mimada...
a sua vaidade a traiu..
ela quis o inatingível apenas por sê-lo...
o fruto proibido,
a cor inexistente,
o corpo inalcançável,
o coração cimentado...
réstia de vida!
A personalidade vazia,
ela aprendeu a preencher de beleza,
beleza esta que vinha dela mesma...
espelho emocional...
ele era um nada,
e de tanto no nada pensar,
ela perdeu quem por perto estava...
ela foi rude,
foi estúpida e grossa...
foi ao jardim sorrateiramente
e arrancou pela raíz a mais bela flor de anil...
assim o fez!
Uma bela amizade estava crescendo,
mas para o bem daquele homem,
ela precisou feri-lo,
e feriu-se também...
encore, e encore
e encore e encore...
ele era um homem incrível,
um andarilho observador,
caminhante solitário.
Olhar treinado por um coração...
sim este tinha um coração!
Tum,tum...tum,tum...
Ele era sensível,romântico,
bom, intenso e doce...
Por algum momento ela sonhara com ele,
queria conchinhas e carinhos,
confidências e sorrisos...
ela queria o seu ombro,
ela queria chorar...
apenas chorar em silêncio.
Chorar por todas as humilhações
e transtornos da vida...
ela queria o seu colo...
mas o perdeu.
Ela o perdeu porque estava cega...
conclusão do escrito:
O pior cego é aquele que acha que vê...
S.F.
Le Parc - Aurélie Dupont and Manuel Legris
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