sábado, 28 de setembro de 2013

Naquele Mês...


Eterno...


Under construction

Naquele mês do ano que se passou eu o conheci.
Eu o conheci de forma atípica e estava cheia de medos.
Deuses aquele homem era a perfeição mesmo sendo imperfeito como era...
eu senti então que eu estava conhecendo o verdadeiro amor.
O tal amor raro e único que é inesquecível.
Amor de almas entrelaçadas,
e mesmo que os corpos estivessem separados, nós éramos um.
Eu nunca me senti tão feliz,radiante, viva, cheia de luz.
Era algo tão real que todos nas ruas perguntavam porque eu sorria tanto,
logo eu que nunca sorria. E por quê o meu sorriso era largo e meus olhos brilhavam...
pela primeira vez na vida passou pela minha cabeça ter um filho.
Adotar um filho, cuidar e zelar por alguém e com alguém.
Baco era absolutamente o homem que eu sonhei a vida inteira.
Sensível, amante das artes, da leitura,canalha, amante da música,calmo e intranquilo,
sensual,positivo, ele era tanta coisa e amante de um todo.
Intenso e um bon vivant que me dava forças e alegria.
Foi um sentimento devastador que tomou conta de mim,
me envenenou totalmente e penetrou em meus poros,
minha essência estava alterada e eu me via positiva,confiante e amada.
Era uma farsa,um engano, um jogo mas me fez de fato bem.
E como tudo que é bom dura pouco, à medida que ele ia sentindo
o meu amor por ele crescer ele ia se afastando.
À medida que o meu amor crescia, as minhas frustrações, as tristezas,
e os ciúmes também cresciam e eu não conseguia mais controlar aquele sentimento.
Tampouco ele conseguia ter paciência para tudo aquilo na altura de sua vida.
Como aquele amor era atípico...
eu desejava o bem dele e meditava e a sua imagem entrava de forma cândida
em minhas orações. Eu pedia amor e proteção à ele...
eu sonhava sempre com ele, eu mergulhava e nadava no Arpoador
e meditava antes para que ele sentisse as ondas, o mar, o céu e eu sentia
que ele estava comigo ali dentro de mim.
Ele estava misturado em meu sangue.
Eu pertencia a ele de fato e para sempre seria assim.
Um belo dia, eu fiquei extremamente doente e pedi à ele palavras positivas:
eu obtive a indiferença, o desprezo, a perversão em um momento no
qual não me sentia preparada...
surpresas da vida,tempestades e muitas dores me perseguiram,
e eu permaneci só.E nunca mais ouvi sua voz ou li nada sobre ele.
ele se foi.Desapareceu de vez como disse que faria...
Ele sempre havia dito que eu iria perdê-lo, que ele iria embora um dia.
Hoje em dia,tudo que lembro,
é de um requinte de crueldade premeditado,
uma extrema perversão que aquele ser amava exercer.
Ele era incapaz de sentir qualquer emoção,
nunca foi capaz...
não sobrou nada para mim...
para Baco eu fui uma experiência a mais.
Algo quantitativo.
Assim como ele caçava mulheres no Vietnã, ou no Japão,
e em São Paulo.Ele caçava e não conseguia parar.
O lance era escolher as suas presas
e fazia as mesmas coisas mundo afora...
com este jogo,o meu resquício de esperança foi esmagado pela maldade alheia
e ele também ficou com a minha alma.
Alma esta que eu ingenuamente ofereci por livre e espontânea vontade.
Baco veio apenas para me dar uma amostra grátis da felicidade,
sim ele veio para me mostrar que seria possível ser feliz,
mas ele não quis me fazer feliz de forma alguma,
muito pelo contrário. Baco trouxe as trevas...
eu havia encontrado e escolhido o homem que havia me deixado radiante...
um tempo breve e encantado ou
um curto espaço de tempo feliz, seja como for.
Aos seus olhos eu me tornei uma leprosa do dia para a noite.
Ele fez questão de vir ao país mais de 8 vezes e não me procurar,
nem telefonar e nem me convidar para um café.
Eu me tornei algo que o fazia ter asco,
tanto asco que ele fez questão de ir embora antes de meu aniversário,
no ano passado, e eu mesmo assim relevei e continuei o amando.
A experiência foi basicamente a felicidade em frame seguida de muitas desgraças.
Sim.As desgraças vieram para me dizer de certa forma que a alegria não pertencia ao meu mundo
nesta vida, mas que a felicidade existe para outros.
Eu paguei um preço alto demais.
Paulo retirou o doce da boca de uma criança que jamais havia comido
doces...
Paulo havia se nutrido e me enlouquecido de vez por desejar
o que não podia jamais ter sido desejado.
S.F.


Os filhos de meu amigo Vladimir Bagrianski que nasceram no mar!


Black Sea, Crimea, Sudak, Alchak mountain, August 1988,

Eya and her mother Katia Bagrianski.

*




http://www.zupi.com.br/pai-fotografa-nascimento-dos-4-filhos-mar/

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