Rapunzel Knock Out me by me SF
Não existe remorso quando uma relação se torna obsoleta.
Quando há a ferrugem nos diálogos ou a preguiça em
de fato conhecer a essência de um outro ser humano.
Tudo é perdoável.
O ódio,o amor,a revolta,a vingança,a egolatria alheia
e a preguiça que por fim mata o cidadão que era outrora
foco de desejos e amor...
A superficialidade degringola qualquer sentimento,
e não sobra nada. Não resta boas lembranças,
pois não houve tempo e o tempo existe.
Não sobra respeito por quem não sabe o que é respeito.
Não há julgamento quando não se tem absolutamente nada.
Houve por fim um sentimento que fora no passado único
e belo mesmo que tenha sido por segundos.
Poderia ter sido mas empacou,
empacou que nem mula manca na estreita estradinha de terra.
Era um amor-reflexo.
Algo que havia despertado naquela mulher
e ela decidiu regurgitar aquele intenso sentimento em cima de uma figura qualquer.
Uma figura sem brios ou alma.
Não há julgamentos, perdões ou remorsos...
o nunca,a nuca, o nada, o tempo,
a vida tudo é passível de ser mutável a cada instante.
Não se sente nem um pouco mal pelo que fez.
Ela dançou conforme o soneto fúnebre que ele colocou.
Dançou ao som de um disco de vinil posto em uma vitrola
de agulha propositalmente estragada...
era um soneto arranhado em um vinil já encarquilhado
e mal tocado de uma banda de fundo de quintal.
E ela mesmo assim bailava escutando a mais bela das sinfonias...
Todos somos humanos.
Alguns são mais humanos e outros menos...
restou-lhe apenas esquecer qualquer música já escutada,
e fincar com força e gana os pés no chão.
Cercar-se de boas pessoas e continuar a fazer o que bem entende...
sendo infantil, sendo reativa, sendo vingativa,
tudo naquele momento seria perdoável!
Não há julgamento quando há maus tratos e
a ignóbil mentira deslavada e premeditada...
restou-lhe já no fim,
apenas o prazer!
S.F.
Sleepwalker soundtrack - stephen king (Sleepwalk) Johnny and Santo
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