sábado, 16 de novembro de 2013

Naquele dia fatídico...



Clémence Poésy by Stefania Paparelli for Crash #40

Naquele dia fatídico, ela havia ido à cidade,
resolveu mil problemas, enfrentou os seus medos,
foi adulta ao âmago sempre só,tudo só e
resolveu encontrá-lo...
ela o abraçou fraternalmente, o beijou com desejos
e entre os seus carinhos e o medo que era óbvio e latente
provindo daquele menino. Sim, um menino inseguro,
problemático e confuso ela apenas conseguiu sentir
no fim das contas um ânsia. Enjôo e correu para casa.
Vomitou muito,tomou banho de sal grosso, se lavou
e percebeu que ainda estava linkada ao poderoso lobo...
não houve boldo que a fizesse ficar boa...
naquela noite na roda de capoeira,
coisa de gente metida à alternativa,
ela sentiu um vento frio na nuca e a certeza de que o ser humano
virou onanista de internet...
que pena da menina com a maquiagem borrada!
Olhos e lágrimas de rímel,delineador todo melado
e os soluços naquele lugar sombrio...
posição fetal,o fígado afetado, a ametista no plexo solar
e 17 horas dormindo.
Após aquele dia,tentaram se falar em vão.
Ele com arrogância e imaturidade foi incapaz de perceber
a sua insensibilidade...
ele se achou no direito de degustar e ir à roda de capoeira.
Ela seguiu e depois daquele dia nunca mais se falaram.
Ele apenas morreu não porque era mau, mas porque era fraco...
ela teve saudades instantâneas do tal saudoso bruxo-lobo Baco...
S.F.

coitado do guri...

"A consciência e a covardia são, na realidade, a mesma coisa.
A consciência nada mais é que a firma dessa razão social.
E isso é tudo"
Oscar Wilde

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